domingo, 20 de abril de 2014

O poder simbólico como um mau

É difícil não procurar colocar na balança o comportamento de descaso que se processa quando se procura perceber que a dor da saudade surgiu, e isso não porque seja natural, mas antes, construído como recurso a se distanciar daquilo que outrora foi útil como via de alegria ou de expansão das felicidades da classe na qual o provocador da dor se situa.
Que se pesem as necessidades materiais que foram estabelecidas, a distância física e também as necessidades abstratas necessárias para a paz na produção que se procura realizar, pois há prazos a serem cumpridos, objetivos a serem alcançados, enfim há de se viver com aquela corda que nos foi dada para se enforcar. Mas nada justifica se colocar de um lado como o único detentor da verdade, como um jurista que se utiliza apenas das leis (da classe) para não se contaminar com o julgado, a se colocar com determinados procedimentos e linguagens a fim de não contaminar seu campo, sua classe, seu status.
É que a saudade existe, ela é tão real quanto o material de que é feito essa mesa, mas se faz sentir no psíquico!
Não se assuste leitor que me compreende e que me faz companhia virtual, ainda que ela seja uma companhia, não é a totalizante que afogará as saudades que sinto.
Apenas um desabafo a noite.
Abraço!

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